Monday, August 13, 2007

Defender a Família

A família, baluarte principal face aos múltiplos assaltos à liberdade do 'Nanny State', está a sofrer ataques de todos os quadrantes, e por vezes donde menos se espera. Este artigo de Claudio Téllez apareceu inicialmente no seu blogue.

http://http://www.claudiotellez.org/blog/?p=33

Família

por Claudio Téllez

Ontem, passeando pela vizinhança, vi uma menininha de uns cinco anos segurando a mão do pai. Ela era muito parecida com a Evelyn quando tinha cinco anos (não, eu não conheci a Evelyn nessa idade, mas já vi fotos - é bom esclarecer antes que pensem mal de mim).

A imagem da menininha segurando a mão do pai foi muito significativa. Lembrei de quando eu tinha cinco anos e de quando eu segurava a mão do meu pai. Ou do meu avô. Ou da minha mãe. Percebi, então, que estava diante de um exemplo concreto do papel fundamental da família na constituição de qualquer sociedade que se pretenda minimamente civilizada.

Não há possibilidade de trocas de qualquer espécie se não há confiança. Não há confiança se não temos, quando ainda não somos capazes de sobreviver pelos nossos meios, alguém em quem acreditar. Esses são os nossos pais, nossa família. Uma criança de cinco anos que segura a mão de seu pai sente-se amada, sente-se protegida, sente-se segura. Ela crescerá sabendo cultivar valores como confiança e honestidade, que são nucleares para uma sociedade livre, próspera e virtuosa.

Qualquer construção teórica ocidental que pretenda ser minimamente “moral” ou carregar no título a palavra “ética” não pode ao mesmo tempo defender o direito dos pais de abandonarem seus filhos. Por incrível que pareça, há muitos adeptos dessa ideologia perversa - que é tão ou talvez mesmo mais perversa do que a ideologia socialista.

Lamento que os pais desses indivíduos não tenham exercido a tempo esse “direito” que seus filhos tanto defendem…

Wednesday, August 08, 2007

NÃO EXISTEM HOMOSSEXUAIS

Luís Afonso A. Assumpção chama atenção para este notável texto, publicado em:

São Paulo, quarta-feira, 08 de agosto de 2007


da autoria de:

JOÃO PEREIRA COUTINHO

Não existem homossexuais

Acreditar que um adjetivo se converte em substantivo é uma forma de
moralismo pela via errada
NÃO CONHEÇO homossexuais. Nem um para mostrar. Amigos meus dizem que
existem. Outros dizem que são. Eu coço a cabeça e investigo: dois olhos,
duas mãos, duas pernas. Um ser humano como outro qualquer. Mas eles recusam pertencer ao único gênero que interessa, o humano. E falam do “homossexual” como algumas crianças falam de fadas ou duendes. Mas os homossexuais existem?

A desconfiança deve ser atribuída a um insuspeito na matéria. Falo de Gore
Vidal, que roubou o conceito a outro, Tennessee Williams: “homossexual” é
adjetivo, não substantivo. Concordo, subscrevo. Não existe o “homossexual”.
Existem atos homossexuais. E atos heterossexuais. Eu próprio, confesso, sou
culpado de praticar os segundos (menos do que gostaria, é certo). E parte da humanidade pratica os primeiros. Mas acreditar que um adjetivo se converte em substantivo é uma forma de moralismo pela via errada. É elevar o sexo a condição identitária. Sou como ser humano o que faço na minha cama.

Aberrante, não?
Uns anos atrás, aliás, comprei brigas feias na imprensa portuguesa por
afirmar o óbvio: ter orgulho da sexualidade é como ter orgulho da cor da
pele. Ilógico. Se a orientação sexual é um fato tão natural como a
pigmentação dermatológica, não há nada de que ter orgulho. Podemos sentir
orgulho da carreira que fomos construindo: do livro que escrevemos, da
música que compusemos. O orgulho pressupõe mérito. E o mérito pressupõe
escolha. Na sexualidade, não há escolha.

Infelizmente, o mundo não concorda. Os homossexuais existem e, mais, existe uma forma de vida gay com sua literatura, sua arte. Seu cinema. O Festival de Veneza, por exemplo, pretende instituir um Leão Queer para o melhor filme gay em concurso. Não é caso único. Berlim já tem um prêmio semelhante há duas décadas. É o Teddy Award.

Estranho. Olhando para a história da arte ocidental, é possível divisar
obras que versaram sobre o amor entre pessoas do mesmo sexo. A arte
greco-latina surge dominada por essa pulsão homoerótica. Mas só um
analfabeto fala em “arte grega gay” ou “arte romana gay”. E desconfio que o
imperador Adriano se sentiria abismado se as estátuas de Antínoo, que mandou espalhar por Roma, fossem classificadas como exemplares de “estatuária gay”.

A arte não tem gênero. Tem talento ou falta de.
E, já agora, tem bom senso ou falta de. Definir uma obra de arte pela
orientação sexual dos personagens retratados não é apenas um caso de
filistinismo cultural. É encerrar um quadro, um livro ou um filme no gueto
ideológico das patrulhas. Exatamente como acontece com as próprias
patrulhas, que transformam um fato natural em programa de exclusão. De
auto-exclusão.

Eu, se fosse “homossexual”, sentiria certa ofensa se reduzissem a minha
personalidade à inclinação (simbólica) do meu pênis. Mas eu prometo
perguntar a um “homossexual” verdadeiro o que ele pensa sobre o assunto,
caso eu consiga encontrar um no planeta Terra.

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Luís Afonso A. Assumpção Nadando contra a Maré Vermelha
luis.afonso@gmail.com